sábado, 2 de abril de 2011

Após recuo, balizador de aluguel deve voltar a acelerar nos próximos meses

Após apresentar duas desacelerações no acumulado do ano, nos índices encerrados em fevereiro e março; e na comparação mensal entre o segundo e o terceiro mês de 2011, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que é o principal balizador para o reajuste do aluguel, deve voltar a acelerar nos próximos meses.

Segundo o economista sênior da Franklin Templeton, Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, os preços no atacado devem impactar o índice nos próximos meses. Contudo, o consumidor só deve sentir aumento nos preços de produtos como automóveis, bens duráveis e componentes eletrônicos, por exemplo, caso o varejo não aceite diminuir sua margem de lucro. No que diz respeito ao aluguel, Gomes Filho acredita que, mesmo com a aceleração do IGP-M, este não é o caso de adotar um outro índice para contratos novos.

O economista da FGV (Fundação Getulio Vargas), Salomão Quadros, por outro lado, acredita que o índice deve encerrar 2011 em patamar abaixo do apurado em 2010.

"Pode ser que no meio do caminho haja acelerações, mas, de modo geral, a taxa não deve ser tão forte como no ano passado, pois, em 2010, houve recuperação, com o IGP-M voltando aos patamares de antes da crise", diz Quadros.

Março
Neste mês, o IGP-M somou variação de 10,95% no acumulado de 12 meses.

Dentre os índices que compõem o IGP-M, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) responde pelo maior impacto, com alta de 13,46%. O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) vem em seguida, somando inflação de 7,45%, enquanto o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou inflação de 5,74% no acumulado em 12 meses.

Neste último caso, dentre os itens que são considerados para o cálculo do IPC, o grupo Alimentação é o que registra maior acréscimo no período de 12 meses, de 7,11%.

Para os próximos meses, prevê o economista da Franklin Templeton, tanto o IPC quanto o INCC devem pressionar o IGP-M, porém de forma menos acentuada do que o IPA. Em agosto, diz ele, por conta da sazonalidade, os alimentos devem apresentar inflação menos intensa. Quadros prefere não emitir opinião por enquanto.

Fonte: UOL / InfoMoney

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