terça-feira, 22 de março de 2011

Imóvel em inventário pode custar até 60% do valor de mercado, diz especialista

Quem quer economizar na compra da casa própria pode optar por adquirir um imóvel em inventário. Segundo um especialista, este tipo de bem pode custar até 60% menos do que o valor habitualmente negociado em mercado. Contudo, alerta o diretor comercial e de locações da Primar Administradora de bens, Carlos Samuel Silva, esta negociação exige cautela.

Isso porque, explica Silva, há diversos fatores que podem complicar a compra, como o número de herdeiros e imóveis envolvidos no processo de inventário e o fato de a ação estar na Justiça e não no Cartório de Notas.

“É preciso analisar as razões de o imóvel estar mais em conta. Os bens que constam em inventários, por exemplo, podem custar até 60% do valor negociado no mercado para imóveis semelhantes, porém, a sua compra pode apresentar alguns riscos”, disse Silva.



Avalie a compra


Para saber se vale a pena correr o risco do negócio, antes de efetuar a compra, o especialista aconselha que o interessado no imóvel procure saber qual é o tipo de processo. Se não há herdeiros incapazes ou menores de idade, o inventário vai para o Cartório de Notas e leva cerca de dois meses para ser concluído.

No caso de o inventário estar na Justiça, o ideal é desistir da compra, aconselha Silva, já que a conclusão do processo pode levar anos.

Independentemente do tipo de processo, quem se interessa por um imóvel em inventário deve examinar também a idoneidade de todos os envolvidos no processo, desde o falecido, até os herdeiros e seus cônjuges.

“As informações podem ser obtidas em certidões negativas da Fazenda Pública, ações cíveis e interdições e tutela. No Superior Tribunal de Justiça, é possível saber se há alguma ação fiscal e, na prefeitura, devem ser tiradas as certidões negativas de IPTU e de situação fiduciária. Há ainda o Registro Geral de Imóveis, onde é possível tirar certidão de ônus reais”.



Decidiu pela compra?


Se após checar todos os documentos e fazer todas as considerações necessárias, a pessoa decidir pela compra, o ideal é dar um sinal para segurar o imóvel, até que o inventário seja concluído.

Além disso, diz Silva, é recomendado estipular uma data para que a situação esteja resolvida, havendo multa, caso a conclusão do inventário demore mais do que o combinado.

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