domingo, 13 de fevereiro de 2011

Profissionais oferecem serviços de "faz-tudo" em casa

Na hora do aperto com reparos em casa, paulistanos recorrem aos serviços de profissionais "faz-tudo" que ficaram conhecidos pelo apelido de "marido de aluguel".

A ideia, importada dos Estados Unidos há alguns anos, é oferecer a quem está em apuros um leque de especialidades, como as de eletricista, encanador, pedreiro e até reparador de objetos e móveis danificados.
Um dos primeiros a oferecer o serviço, Valdir José Peres, 48, da Marido de Aluguel, conta que adaptou o conceito. "Nos EUA, a agência manda um encanador para os reparos hidráulicos e um eletricista para os elétricos. Aqui são pequenos serviços executados por um profissional com boa formação."

Essa é uma opção vantajosa para quem precisa fazer vários acertos em casa. Isso porque os prestadores de serviço cobram por hora -de R$ 60 a R$ 80-, fora o material que será utilizado. Borracha de vedação, cola, parafusos e buchas geralmente não são cobrados dos clientes.

Alguns profissionais estipulam um mínimo de uma a duas horas de trabalho. "Não vale a pena chamá-lo para pintar um cômodo, porque é preciso esperar pelo menos seis horas em dias quentes para dar a segunda demão, e o serviço é cobrado por hora", exemplifica Peres. "Mas é vantajoso quando envolve vários tipos de reparo."

Foi nessas condições que a chef de cozinha Carol Helena, 31, procurou Peres. "Não tenho muita habilidade nem paciência pra esses reparos, e meu marido foge deles como o diabo da cruz", diz.

Ela aprovou a performance do faz-tudo, que instalou suporte de prateleira e consertou o varal e uma válvula de descarga. "Ele é cuidadoso, não deixa muita sujeira."
Antes de "alugar um marido", verifique se não compensa mais chamar um ou mais profissionais específicos, considerando o tempo estimado para os consertos e o preço de cada um. O contador Jeová Carvalho, 45, chamou Cláudio Silva, 47, da Marido de Aluguel S.O.S, para desmontar um guarda-roupa planejado. "Minha mulher acha que eu mesmo não consigo fazer um serviço bem-feito", explica Carvalho.
 
ALTERNATIVAS

Quem mora em prédio pode pedir socorro ao zelador ou ao porteiro para reparar algum item no apartamento.
Foi o caso da auditora Fernanda Santos, 23, orientada pelo zelador a trocar o registro de água que vazava.

Ele indicou um profissional que orçou o serviço em R$ 160. Ela não quis pagar esse valor e contratou um faz-tudo que simplesmente substituiu uma borracha de vedação, comprada por R$ 0,60.
"Muitos prédios proíbem a prática porque o funcionário deixa de fazer seu trabalho e, se causa um dano no apartamento, o prejuízo é cobrado do condomínio", diz Peres.

Quem tem seguro de casa ou carro em geral tem direito a serviço de reparos domésticos, mas os consertos possíveis variam segundo a apólice contratada e há um limite para o número de visitas.
Planos com um leque maior de reparos cobram uma taxa por essa cobertura -em média, acima de R$ 400 anuais (para uma casa), com até oito visitas no período.

Fonte: Folha.com /
 
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

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