sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Como vender bem seu imóvel?

O mercado imobiliário brasileiro está aquecido. Com a disponibilidade de crédito e o aumento da renda da população, fenômenos identificados já há alguns anos, muitas pessoas têm comprado uma casa nova. Com isso, vendem seus imóveis usados. Mas como fazer isso da melhor forma possível?

De acordo com o sócio diretor da Imóvel A – Consultores Associados, Alexandre Villas, em primeiro lugar, a pessoa tem de procurar uma imobiliária especialista em seu tipo de imóvel, para avaliar qual o preço que é oferecido pela unidade. “Procure duas ou três avaliações”, orientou.
 
Escolha
Mas, na hora de entregar a um corretor a venda do imóvel, tome cuidado: analise aquele que avaliou com mais responsabilidade a unidade, não o que avaliou por um valor maior. “Peça para a imobiliária um laudo em que explica o critério de avaliação”, ressaltou.

Villas contou que, nos Estados Unidos, apenas um corretor é escolhido para o imóvel e que ele tem todas as informações da operação, por isso, é o responsável jurídico pela transação. “No Brasil, não há a obrigatoriedade de se ter o corretor, o que é uma pena, porque isso aumenta a segurança entre as partes”, destacou.

Além disso, ele indica que a pessoa interessada em vender o imóvel olhe o que tem à venda em seu bairro.
 
Exclusividade
Em relação à exclusividade da imobiliária, o diretor de Comercialização e Marketing do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Luiz Fernando Gambi, afirmou que, ao fazer isso, o proprietário pode exigir serviços de melhor qualidade, com contrapartidas como anúncios.

Ele disse que escolher uma imobiliária de uma rede pode ser melhor. São empresas independentes, muitas vezes concorrentes, mas que trocam informações, o que acaba fazendo com que a venda seja melhor e mais rápida.

Quando achar uma boa imobiliária e um bom corretor, o que Gambi orienta é que o proprietário faça uma venda profissional, prestando atenção ao contrato. Villas concorda: “A imobiliária tem um departamento jurídico próprio. Nós verificamos matrícula, escritura, certidão de Prefeitura para saber dos débitos. Mas eu indico que o proprietário procure seu advogado para analisar o contrato”.

Se for fazer a transação sozinho, a atenção deve ser redobrada: “O risco é grande de fazer um contrato de 'papelaria' e se dar mal. Se for fazer sozinho, procure um bom advogado imobiliário”.
 
O preço do imóvel

Existem diversos locais para analisar o valor do imóvel, mas, de acordo com Gambi, o proprietário pode não chegar a uma conclusão muito clara.

“O valor do imóvel depende tanto de quem quer vender quanto de quem quer comprar. Por alguém estar com mais ou menos interesse, pode-se vender mais caro ou mais barato. A pessoa tem de colocar valores máximos e mínimos”, orientou, dizendo ainda que o preço vai depender do tempo que a pessoa tem para comercializar a unidade.

Para se orientar sobre o valor, uma ferramenta bastante usada é a internet, por onde é possível entrar em diversos sites especializados, ter acesso a anúncios de jornais e, desta forma, segmentar os imóveis por localização, número de quartos etc.

Sobre o tempo para se vender um imóvel, Gambi disse que ele dura em média 90 dias, para uma unidade em boas condições e de fácil comercialização – dois quartos e duas vagas na garagem, por exemplo. No entanto, ele já viu casos que demoraram até um ano.
 
Incorporação

Algumas construtoras se oferecem para comprar um imóvel, com a finalidade de construir um prédio, por exemplo. Mas será que este é um bom negócio?

De acordo com Gambi, quando o terreno é passível de ser incorporado, é normal ele ter um preço melhor. “Eles são assediados. É comum que consigam uma vantagem. Se o terreno for excelente, o proprietário até consegue da construtora um apartamento da mesma área em troca”.

Quando a construtora oferece um valor por uma casa, normalmente os vizinhos também são assediados e, se a pessoa esperar para vender, pode acabar se dando mal. “No caso da construtora, é um jogo delicado. Às vezes, ela fecha o projeto e o proprietário fica com o mico. Se for ganancioso, perde o negócio. Aja com prudência e racionalidade”.
 
Tudo a perder

Além da ganância, um outro aspecto que pode prejudicar os negócios são várias casas na mesma vizinhança sendo vendidas. “Às vezes, a gente passa por uma região e vê várias casas à venda. Isso acontece porque ela está cara para manter, o IPTU [Imposto Predial Territorial Urbano] pode estar alto. As pessoas abrem mão e o preço cai”, contou Gambi.

Por último, ele indica que as pessoas tomem cuidado se ainda estiverem em casa, quando ela estiver à venda: “Tome cuidado para casa não estar bagunçada. A pessoa tem de entrar e sentir bem-estar”, destacou o diretor do Secovi.

Ele contou que algumas pessoas alugam depósitos para deixar os imóveis durante o período da venda. Desta forma, o candidato a comprador tem uma noção melhor de espaço e iluminação do ambiente.

Fonte: Uol Casa

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