sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dólar fecha quase estável após leilão de swap reverso

 O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, deixando de acompanhar a queda da moeda norte-americana no exterior após o segundo leilão de swap cambial reverso neste ano.
A taxa de câmbio terminou o dia a 1,673 real, com variação positiva de 0,06 por cento. Enquanto o mercado local fechava, o dólar tinha baixa de 0,76 por cento em relação a uma cesta com as principais divisas, com destaque para o euro, que subia quase 1 por cento, para perto de 1,36 dólar, no maior nível em dois meses.
No começo da tarde, o Banco Central vendeu todos os 20 mil contratos de swap cambial reverso que ofereceu em leilão, em uma operação com volume equivalente a 989 milhões de dólares.
Foi a segunda operação do tipo neste ano. A primeira, na semana passada, marcou o retorno das intervenções do BC no mercado futuro depois de quase dois anos de ausência. O swap se encaixa na estratégia do governo para frear a valorização do real e proteger os exportadores.
"Ele está tendo mais o efeito de segurar a cotação onde está do que de assustar o mercado (e provocar a alta do dólar)", disse o operador de um banco local, que preferiu não ser identificado.

"E, se você ver, 20 mil contratos de swap cambial reverso são 20 mil contratos de dólar futuro. Não é grande coisa", completou, destacando o volume de mais de 260 mil contratos de dólar futuro negociados nesta sessão no vencimento de mais liquidez na BM&FBovespa.
Além do swap reverso, o Banco Central também realizou duas intervenções no mercado à vista, por meio de leilões.

Na próxima semana, o mercado continuará atento à intervenção do governo no câmbio. "A qualquer momento pode sair alguma coisa. Pode sair um IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para renda fixa maior, uma quarentena", disse o operador, indicando um nível psicológico a 1,65 real.
A atenção também se volta à rotina das atuações no mercado futuro. O leilão de swap reverso desta semana teve as mesmas características da semana anterior --data, volume, vencimentos. A dúvida entre analistas é se o BC pretende criar uma rotina previsível ou se reserva surpresas para a semana que vem.

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