segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sem entrar em armadilhas no ‘Minha Casa, Minha Vida’

Imóveis têm que custar até R$ 130 mil e a renda familiar máxima vai até R$ 4.900


Quem planeja comprar um imóvel do ‘Minha Casa, Minha Vida’ deve ficar atento para não tornar o sonho da casa própria em pesadelo. Isso porque muitos empreendimentos que se dizem enquadrados no programa têm unidades que estão de fora do modelo. São imóveis que custam acima de R$ 130 mil — valor máximo da moradia do ‘Minha Casa, Minha Vida’.

Segundo Bruno Teodoro, diretor da Estrutura Consultoria e também Correspondente Imobiliário da Caixa Econômica Federal, os interessados em uma moradia pelo programa podem pedir das construtoras o laudo de avaliação da Caixa afirmando que o empreendimento está enquadrado no ‘Minha Casa, Minha Vida’. “Atualmente, ninguém faz isso no estande e confia nas informações passadas pelos corretores. No nosso caso, como somos praticamente uma miniagência da Caixa, temos obrigação de informar se aquela unidade está enquadrada. Num empreendimento nem todos os apartamentos estão inseridos no programa”, orienta.
Por isso, é fundamental verificar a avaliação da Caixa e se a renda do candidato ultrapassa R$ 4.900 — valor máximo de salário para o programa. “Se isto ocorrer, o candidato perde os benefícios como juros menores, subsídios de até R$ 23 mil, valor de seguros mais baixos, além da garantia de até 36 parcelas pagas em caso de demissão”, lembra Theodoro.

Os contratos fora do programa são assinados com recursos da poupança (SPBE). Os juros variam de 7,9% a 10,5% ao ano mais TR (Taxa Referencial).

Vale o valor de avaliação da Caixa
O valor de venda do imóvel não pode ser superior a R$ 130 mil, limite de avaliação da Caixa Econômica Federal para o ‘Minha Casa, Minha Vida’. A afirmação é da superintendente da instituição financeira no Rio, Nelma Tavares. Ela aconselha que o interessado na casa própria não deve pagar a entrada antes de verificar a avaliação Caixa, ter sua capacidade de pagamento analisada e averiguar juridicamente a situação do imóvel.

Nelma explica ainda que para unidades que estão prontas será preciso comprovar que o habite-se foi emitido até 26 de março de 2009. Para as famílias com renda de até R$ 1.395, o acesso ao programa se dá por meio de cadastro nas prefeituras. A prestação será de 10% da renda familiar, com parcela mínima de R$ 50. O prazo de pagamento será de 10 anos. Os interessados não podem ter imóvel próprio e nem ter participado de outros programas habitacionais.

Para compra de imóvel na planta, o empreendimento tem que estar avaliado e aprovado pela Caixa e ter o valor unitário até R$ 130 mil ( se for localizado no município do Rio). A renda máxima permitida é de R$ 4.900. O financiamento será de até 100% dependendo do prazo e da capacidade de pagamento do comprador. O subsídio varia de R$ 2 mil a R$ 23 mil, ou seja, quanto menor a renda, maior será o abatimento no valor do imóvel.

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